É dificil e ao mesmo tempo complicado definir o estado da alma, quando tu não sabes se o que te encomoda são os sonhos não realizados ou o facto de não saber sonhar. É muitas vezes perturbador quando não se sabe separar o surreal da realidade, quando muitas vezes o dejá vù se incorpora no nosso quotidiano e nos deixa baralhados e faz nos confundir verdades com simples miragens, muitas vezes lindas, exuberantes, glamurosas e extraordinárias. Mas simplesmente isso: puras miragens, ilusões indeleveis daquilo que gostaríamos que fosse um Oasis no deserto árduo que caminhamos. E sempre a pergunta que fica quando chegamos ao que parece um fim da linha incerto, é se realmente valeu a pena tanta busca e tantos atropelos. Tantas quedas, perdas, apegos e desapegos.
Nós nos vemos tão apegados a situações tão fúteis e nos esquecemos do que realmente interessa, não me refiro so a família e tudo o que a compõe, refiro-me antes ao sermos nós, conhecermos nosso Ego, nossos limites, paixões e forças. Porque so assim saberemos, o quê nos inibi e que nos descontrai. Normalmente quando misturamos nossos anseios e a ignorância do sermos nós, nos desajeitamos e ja não sabemos quem somos, e não diferenciamos a realidade das nossas pretensões. E nos perdemos na busca daquilo que seria a satisfação dos nossos desejos, perdemos o orgulho, o amor próprio e nossa identidade. Nos tornamos mais um, nesse mar de incomformismos e revolta. Viramos escravos do realizar, realizar algo que nos é deconhecido. Deixamos de correr atrás da realização dos nossos sonhos, visto que nem os sabemos definir mais, começamos a correr atrás de devastação do feitos alheios. Aí a inveja nos corrói, a imagem se desmorona, somos apenas reles viciados, nos consumimos de amargura com a felicidade dos que ainda sonham.
E como tudo tem um fim, assim do nada nos vemos num fim incerto, e olhamos para os atalhos que seguimos até aquele confim e descobrimos que eles estão cobertos de mato e todas a oportunidades que tivemos para sonhar e realizar esses sonhos se perderam na imensidão da floresta de egoísmo que nos acompanhou o caminho todo. Olhamos para o final, e tudo o que nos resta é a esperança de não ser o fim e de podermos ter uma segunda oportunidade de nos conhecermos. Tarde de mais, e aí sim experimentamos a verdadeira sensação de dejá Vù, sonho inalcansavel, e nos pomos a perguntar: E se?
Não deixemos que a esperença seja a nossa única companheira no final da linha, tenhamos também a doce sensação do dever cumprido e a tranquilidade na alma por termos seguido pelos nossos próprios caminhos e não tenhamos de nos desculpar com nínguem por o termos pisado durante a caminhada.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário